O movimento do grafite não é algo novo, o homem desde a época das cavernas já demonstra seus grafites nas pedras, de forma a contar um pouco de sua história. Na década de 80 o grafite surge nos guetos nova iorquinos para demarcar território, com letras que identificavam a comunidade e nomes a quem pertencia o lugar.
Hoje o grafite é um dos pilares da cultura Hip Hop (que significa “Mexer os quadris”), sendo os outros pilares essenciais: o rapper /MC, com suas músicas de improviso, o Dj com a discotecagem, o break com a dança.
”Comecei a dançar break em 87, imitando Mike Jackson, e não tem como falar do grafite, sem falar do Hip Hop. Depois que assisti ao filme “Beat Streat”, que contava a história sobre garotos nova iorquinos na década de 80 e a cultura do Hip Hop. Entre os personagens estava Ramon, que no filme e na vida real eram um grafiteiro, me encantei com este mundo e comecei a grafitar em 94”, fala sobre o início de seu trabalho como grafiteiro, Wanderson José Sereni, Pecks.
“No início era muito difícil, nós do interior tínhamos pouco acesso, conhecíamos um pouco do Hip Hop e suas artes pelos vídeos VHS. Já cantei Rapper, já dancei break, mas hoje atuo e me dedico ao grafite, minha paixão”, completa Pecks.
“Em 2000 conheci Edgard Andreatta, grafiteiro de Votuporanga, e há 20 anos desenvolvemos juntos o projeto “Arte sem limites”, com grafites na rua, exposições de tela, camisetas, e tenho pra mim que a arte nunca teve e nunca terá limite. Ela é aberta a tudo e todos”, destaque Pecks sobre seu trabalho nas ruas da cidade de Rio Preto e Votuporanga.
Ave, cenários de natureza, personagens que muitos se identificam, estes são alguns dos temas de painéis que encontramos nas ruas de Rio Preto e região. Entre os destaques de seu trabalho e de seu amigo, Edgard, estão a Caixa D´Agua da Ercília, Pontilhão do Nato Vetorazzo, com uma homenagem a Santo Reis. Em Votuporanga são mais de 50 painéis em escolas e praças.